O mundo das séries possui a qualquer momento de sua programação ao menos uma série que seja um drama, ou um romance policial, ou de investigação, dentre tantos outros gêneros que volta e meia nos pegamos assistindo. Mas um gênero que não aparece já fazia uns bons anos é o de algum grupo de “anti-heróis” que possuíssem sua própria ideologia, torta ou não se comparada aos padrões da sociedade. Dentro deste gênero, uma série vem se destacando por juntar um clube de motos, muito rock’n roll, grandes doses de ação (com direito a explosões e tiros) e uma trama que não afronta a inteligência do espectador. Caro leitor, eu lhe apresento: Sons of Anarchy.
A série acompanha a história de Jackson Teller, Vice-Presidente de um clube de motos que dá nome á série. Este clube foi fundado por seu falecido pai em companhia de mais 8 amigos, dois dos quais ainda se mantém na ‘matriz’ do clube, enquanto outros estão espalhados pelas filiais. O clube consegue seu dinheiro através do contrabando de armas para abastecer facções criminosas das cidades próximas, mas sempre mantendo o crime longe de sua própria cidade, Charming. A trama toda começa a se desenvolver a partir do ponto onde Jax encontra um antigo diário de seu pai, onde ele havia registrado seus planos para retirar o clube da ilegalidade das armas e encontrar uma maneira legítima e honesta de conseguir dinheiro. A partir daí, Jack começa a se questionar sobre os rumos atuais do clube, e procura realizar o último desejo de seu pai.
Sons of Anarchy mostra-se desde o início uma série politicamente incorreta. O clube tem sua própria visão quanto ás leis e a maneira com a qual sua cidade natal deve agir para manter-se fora do mundo da violência e todos os problemas associados á cidade grande. Os próprios integrantes do clube têm suas particularidades, o que acaba por trazer conflitos internos em quase todo momento. Cada personagem tem uma história, e ela é explicada e utilizada em momentos chaves da trama. Este inclusive é um ponto que vale ressaltar: a série não é óbvia.
Diferente de muitos seriados genéricos que vemos por ai, SoA apresente reviravoltas nem um pouco previsíveis, o que com certeza fará com que o espectador pegue-se, por vezes, de boca aberta. A não linearidade dos atos dos personagens e suas conseqüências fazem valer cada minuto do episódio.
A trilha sonora também é um dos pontos chaves desta obra. Como sempre que se fala em motoqueiros é o rock que se vem á mente, não teríamos uma série minimamente verossímil se estilo musical não estivesse presente. Composições muito bem colocadas juntamente com a excelente atuação dos personagens consegue aumentar ainda mais o clímax de certas cenas.
E por falar em atuação, o veterano Ron Pearlman é um dos nomes que compõem o elenco da série, além do astro do filme Pacific Rim (Círculo de Fogo no Brasil), o ator Charlie Hunnam no papel de Jax. Embora estejam presentes nomes menos consagrados ou ainda iniciantes, a maioria dos atores conseguem dar vida á seus personagens com grande habilidade, fazendo-nos realmente crer nas emoções que estão sendo transmitidas.
A série começou a ser exibida em 2008, e este ano receberá sua 6ª temporada quando a “temporada de séries” recomeçar, por volta do mês de setembro. Cada temporada conta com pouco mais de 10 episódios, o que facilita sua visualização. Para os amantes de uma boa trama, uma trilha sonora eficaz, atuações de qualidade e ação em cada episódio, Sons of Anarchy é com certeza é uma boa pedida!